sexta-feira, junho 19, 2009

Saúde sem distância


Sinal bom é a telemedicina avançando dentro e fora do país. Ela usa as TICs para orientar de forma interativa o tratamento e também é utilizada na realização de exames, transmissão de dados e cursos de aprimoramento profissional - a distância, claro.

No projeto que estou participando na UNICAMP já começamos atividades no sentido de fazer parceria com centros deste tipo, pois em 2008 quase 900 municípios que participaram de um projeto do Ministério da Saúde chamado Telessaúde em Apoio à Atenção Primária receberam equipamentos.

É ainda incipiente o uso mas que certamente vai crescer à medida que os médicos adaptarem-se à oferta tecnológica e entenderem o seu benefício e o quanto ele pode colaborar no dia a dia, pois a vida em posto de saúde não é nada fácil e compartilhar experiências ou solicitar ajuda a especialistas distantes pode fazer a diferença na grande maioria dos casos.

Particularmente fiquei (bem) impressionado com um número que vi apenas de uma patologia, o diabetes. Num programa de prevenção e tratamento de problemas nos pés dos diabéticos por teleconsulta evitou que 12 pacientes tivessem a parte do corpo amputada ou morressem por causa de complicações - isso na região Norte do país. Isso sem contar a economia do ir e voltar de quem mora no interior para a capital. Ponto para o
Dr. Chao Lung Wen, chefe da disciplina de telemedicina da USP - e a sua equipe.

Como toda grande iniciativa de cunho público ela ainda é "barrada" por contextos políticos pois o novo ocupante da prefeitura barra os projetos anteriores porque era da oposição e assim vai. Mas certamente é um começo e um dia o bom senso prevalecerá e isso será instituído como política pública e cidadã e não política temporária de um ocupante do executivo local.

Outra coisa: a riqueza da Telemedicina para EAD é indiscutível. Como qualquer outra ela também requer cuidados no preparo e, nessa aqui, cuidados dobrados pois estamos falando de saúde, de bem estar. As técnicas de ensino-aprendizagem devem ser as mais criativas possíveis pois estamos falando de gente.

Fora do Brasil há avanços sensacionais na telemedicina com a utilização de celulares e smart phones, de TVs e cada vez mais, claro, da Internet, com programas cada vez mais amigáveis e acessíveis. Se você quiser saber muito mais sobre o que acontece fora do Brasil em medicina acesse aqui. Esse tema é rico, valioso e extenso. Continuo em breve.

Giancarlo Colombo

Nenhum comentário:

Postar um comentário