sexta-feira, março 06, 2009

As maiores IES no Brasil


Recentemente pessoas próximos no meio educacional pediram-me para reproduzir uma tabela que carrego com as maiores IES privadas em relação a matrícula. Tenho aqui, melhor ainda, todos dados divulgados no início de janeiro trazendo o Censo da Educação Superior 2007 realizado pelo MEC.

Temos que lembrar que existem quase 2.000 faculdades privadas no país, mas a concentração é algo para ser pensado por quem trabalha com educação e mostra o calibre destes grupos empresariais. As 50 maiores representam 2,2% das IES, tem 27,5% das matrículas, oferecem 19,6% dos cursos superiores, respondem por quase 30% das vagas ofertadas e formam 27,5% dos profissionais brasileiros (concluintes).


Não vou entrar no mérito da concentração, da regionalização ou dos métodos de ensino/aprendizagem empregados em cada uma delas. Apenas acredito e espero que tantos os grandes grupos educacionais - que tem uma evidente e lícita lógica mercantil - assim como as pequenas instituições - que são extremamente importantes em todo o contexto educacional de terceiro grau -, zelem pela educação, aprimorem cada vez mais seus recursos educacionais e busquem a melhor atualização possível para formar cidadãos coerentes e dispostos a desenvolver-se junto com o país.


Apesar disso, o
INEP publicou a sinopse do material, que aponta queda no ritmo de criação de novas instituições de ensino superior no país. O número total de universidades em todo o país passou para 183, enquanto as faculdades agora são 1.978.

O maior número de faculdades e de centros universitário está vinculado ao setor privado – 92,5% e 96,7%, respectivamente. Já as universidades, de acordo com a sinopse, estão distribuídas “em proporção aproximada” de 52,5% para o setor público e de 47,5% para o privado.


E, paralelamente, as instituições privadas de ensino superior têm, proporcionalmente, menos estudantes concluindo seus cursos: apenas 55,4% do total. A taxa de conclusão mais alta é das universidades federais, com 72,6%. O cálculo leva em conta o número de estudantes que ingressaram quatro anos antes e o total de concluintes, isto é, os alunos que chegaram ao fim do curso em 2007.

Pelo levantamento, uma das fortes considerações é que a evasão universitária está ligada, de um lado, à troca de cursos no início da faculdade e, de outro, a dificuldades para pagar as mensalidades.

Aí chego em números que não fecham um com os outros. O censo revela que o país tinha 4.880.381 universitários em 2007, diferente portanto da tabela. Desse total, o setor privado respondia por 3.639.413 matrículas (74,57% do total), ante 615.542 nas federais (12,61%), 482.814 nas estaduais (9,9%) e 142.612 nas municipais (2,92%).

Uma coisa que deu para perceber claramente é a expansão de matrículas nas federais, quase a mesma do setor privado - algo em torno de 5%. A diferença, no entanto, é que as matrículas nas federais estão em ascensão, enquanto o ritmo de expansão nas privadas vem caindo.

E outra coisa notória no nosso dia-a-dia. Os cursos tecnológicos continuam crescendo: de 278.727 matrículas, em 2006, para 347.856, em 2007 (mais 24,8%) e o mesmo ocorre no ensino de graduação a distância, que passou a responder por 7% do total de universitários do país, subindo de 207.206, em 2006, para 369.766, em 2007. E vamos em frente que tem muita coisa ainda a ser feita!


GC


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