sábado, outubro 11, 2008

‘Mesmo na crise, indústrias devem manter investimentos em educação profissional’

11/10/2008 -

'Florianópolis(SC) – Independentemente da crise no mercado financeiro, as empresas precisam manter investimentos programados em educação profissional. A recomendação foi feita nesta quinta-feira pelo gerente de treinamento e desenvolvimento da Weg, Jonas Germano Schmidt, no Encontro Desenvolvimento Sustentável, na FIESC. "Agora é hora de manter os investimentos, para permitir a retomada do crescimento depois. A Weg investirá no próximo ano o montante que estava programado", afirmou. Em 2007 a empresa investiu R$ 7 milhões em educação profissional, com média de R$ 550 por colaborador.

"Observamos que os investimentos na capacitação dos profissionais se traduz em qualidade e produtividade e conseguimos atingir níveis bastante satisfatórios de desenvolvimento. Nossa companhia cresceu baseada nesta inovação e nos conceitos de treinamento, capacitação e desenvolvimento", afirmou Schmidt. Para o executivo, o desafio de empresas como a Weg atualmente é traçar o perfil do colaborador frente às mudanças tecnológicas, a entrada no mercado de trabalho de uma geração criada na era da informática e a retenção de talentos. "A maioria das empresas está passando por um choque cultural muito grande. Antes, o tempo médio de um funcionário na empresa era de 13 anos e hoje é de 7".

Para Luiz Reitz, gerente de recursos humanos e administração da ArcelorMittal Vega, a globalização dos negócios faz com que a capacitação dos colaboradores se torne um desafio para as empresas. "O conhecimento tem se deteriorado com muita rapidez, novas tecnologias têm vindo, o mundo está se tornando uma aldeia muito pequena. Nós, particularmente, temos contato com mais de 60 países e precisamos deixar nossos colaboradores preparados para enfrentar este cenário", afirmou. "O grande desafio das empresas é buscar, por meio da capacitação, um aporte de conhecimento constante".

A ArcelorMittal também oferece formação profissional para a comunidade de São Francisco do Sul. Os projetos atendem a uma Agenda 21, elaborada pela empresa em conjunto com os moradores do município, e que prevê ações nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e cultura.

Leonize de Souza Agra, coordenadora de Educação a Distância da Chesf, afirmou que a modalidade "contribui para a democratização e a agilidade da formação profissional. É importante que existam soluções para que as pessoas possam aplicar imediatamente o conhecimento. A educação a distância, de qualidade, favorece essa condição".

Segundo Leonize, o SENAI/SC se tornou o principal parceiro da Chesf na oferta de educação a distância. "Para o sucesso dos treinamentos, é fundamental que os programas tenham qualidade", completou.

O 1º vice-presidente da FIESC, Glauco José Côrte, verifica que "o setor industrial necessita que pelo menos 85% de seus trabalhadores tenham o curso fundamental, técnico ou superior completos. No entanto, temos apenas 40%. Este é o desafio que deve ser superado pelo país". Por isso, Côrte entende que eventos como os Encontros de Desenvolvimento Sustentável, promovidos pelo Sistema FIESC, têm o mérito de apresentar experiências de sucesso das empresas neste campo, na preservação ambiental e na área social.

O presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, entende que o ser humano é a peça fundamental na sustentabilidade. "Temos que dar atenção às pessoas que estão nas empresas, ainda mais no Brasil, onde existem grandes desafios na área educacional".

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