sábado, setembro 20, 2008

CEOs no Brasil erram na hora de gerenciar as pessoas

19/09/2008 - Que os CEOs aprenderam a valorizar as pessoas na empresa, não é novidade. Mas, apesar disso, 90% dos profissionais acreditam que suas empresas têm muito o que mudar na forma como gerenciam essas pessoas. É o que mostra estudo realizado entre os meses de junho e julho deste ano pela Gallup Consultoria. Na pesquisa, que ouviu 70 CEOs que atuam em unidades de corporações no Brasil, 77% deles disseram que consideram "fácil mensurar o impacto das pessoas" na empresa. O que chama atenção é que 39% dos que responderam discordam disso e 19% dizem que "há muito pouco o que mudar na gestão das pessoas" na organização.

Com a abordagem da pergunta, ficou claro que a preocupação com pessoas deixou de ser retórica, acredita o vice-presidente da Gallup Brasil, Gustavo Oliveira, responsável pelo estudo. O que surpreende é que, mesmo assim, as companhias ainda não conseguiram gerenciar as pessoas da forma que consideram ideal. Até entre os 94% dos CEOs de empresas que disseram fazer pesquisa de opinião com funcionários, 39% avaliam o retorno dessas ações como ruim ou péssimo. "Isso mostra que eles não acham que suas empresas estão fazendo a coisa certa", diz.

As prioridades em ações para mudar esse cenário, segundo a pesquisa, são iniciativas de liderança, motivação e retenção de talentos. São todos itens que giram em torno do gerenciamento feito pelos líderes. "São eles que promovem o engajamento da força de trabalho", diz. Na opinião dos CEOs, o nível que mais sofre com a falta de talentos - e que portanto tem de lidar melhor com as estratégias de retenção - é o gerencial: 67% dos entrevistados disseram que faltam pessoas para esse posto, contra 51% da diretoria e 53% do operacional.

De acordo com Oliveira, que conduziu a pesquisa, também salta aos olhos que os CEOs não vêem os benefícios dos projetos conduzidos pelos departamentos de RH. "Isso significa que a tendência é que os futuros projetos sofram transformações para serem mais pragmáticos", avalia. Entretanto, as pessoas serão foco este ano, principalmente porque 50% imaginam que suas empresas também terão resultados melhores em 2008 do que no ano anterior. "E 84% afirmam que o crescimento será principalmente orgânico, o que torna o papel das pessoas ainda mais determinante", conclui Oliveira.

Fonte: Valor Econômico

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