sexta-feira, setembro 19, 2008

"Geração Einstein", conectada, vai revolucionar o

19Set2008 -Os mais velhos deles acabam de completar 18 anos. Cresceram rodeados de novas tecnologias, se comunicam através da Internet e dos celulares, compartilham suas experiências no YouTube e levam vidas paralelas no Second Life. Estamos falando da geração que sucede a chamada Geração Y. Ainda não ingressaram no mercado de trabalho e serão os consumidores do futuro. Essa geração agora ganhou um nome: é a geração Einstein. Jeron Boschma, fundador da agência de publicidade Keesie, causou sensação na Holanda com um livro sobre jovens e consumo que conquistou um prêmio como melhor ensaio sobre temas de marketing. De acordo com Boschma, a geração nascida no final dos anos 80 e que hoje vive a adolescência revolucionará os mercados, empresas e instituições, nos próximos anos.

"Toda geração que surge se diferencia da anterior. Mas dessa vez as coisas são diferentes. Estes jovens compreendem o mundo melhor do que nós", explica Boschma. Um exemplo: para as pessoas de mais de 30 anos, um computador pessoal não passa de uma máquina de escrever com mais capacidade. No entanto, para os jovens que estão chegando à maioridade ele é uma máquina social usada para comunicação e para compartilhar conteúdo.

A mudança de perspectiva foi radical. "O problema para as empresas não é como seduzir esse grupo, mas sim como convencê-lo a convidá-las a fazer parte de sua vida", segundo Boschma. Os adolescentes atuais são mais preparados, mais rápidos e mais sociáveis. Os valores que os orientam são diferentes. "Quando se converterem em consumidores ativos ou começarem a trabalhar para uma empresa, a primeira coisa que perguntarão será "o que esse produto ou essa empresa pode fazer para me tornar uma pessoa melhor", diz Boschma.

A conseqüência é que não dão muitas oportunidades às empresas: se elas não os convencerem rápido, serão ignoradas. Por outro lado, caso consigam chegar a eles, a informação que eles administram se propaga com grande velocidade e permite que uma companhia obtenha retornos poderosos em termos de imagem.

Isso se deve às formas de comunicação características desses adolescentes, que não seguem as pautas tradicionais nas quais existem emissores e receptores distintos, mas sim operam por interação e compartilhamento mútuo, o que produz um efeito viral. Eles conhecem a mídia e compreendem os truques usados em campanhas promocionais. Por isso, preferem sinceridade e autenticidade. Mentir para eles nunca gera bons resultados.

O impacto do livro de Boschma atravessou as fronteiras, e a agência Keesie decidiu instalar uma filial em Barcelona a fim de atender a crescente demanda dos clientes espanhóis, que a procuram para saber como atingir as audiências mais jovens. De acordo com o autor, a geração Einstein da Espanha é bem parecida com a dos demais países europeus, ou está até adiante da média, sob determinados aspectos. "A única diferença é o peso da família em suas vidas", aponta.

Fonte: Piergiorgio M. Sandri - La Vanguarda


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