sexta-feira, setembro 04, 2009

Para cada faculdade boa, há três ruins em São Paulo - Lista completa da avaliação do MEC

Avaliação do MEC para o ensino superior 2009 aponta que 131 instituições ficaram nas faixas dos piores índices. Grupo das melhores tem 38, com destaque para ITA, Famerp, FGV e Unifesp

Veja a lista completa das instituições de ensino superior e suas notas
http://www.estadao.com.br/especiais/ranking-do-ensino-superior,69776.htm

No Estado de São Paulo, o número de instituições de ensino superior mal avaliadas é o triplo do que o grupo das melhores, de acordo com os Índices Gerais de Cursos (IGC) de 2008, avaliação divulgada ontem pelo Ministério da Educação (MEC).

Das 411 instituições do Estado em que foi possível obter um referencial de qualidade, 131 se posicionaram nas faixas 1 e 2 do IGC, os piores índices, e 38 ficaram no outro extremo, com índice entre 4 e 5.

O IGC é classificado por faixas, de 1 a 5, e por números contínuos, de 0 a 500. Para a elaboração do índice, são levados em conta o desempenho dos estudantes no Enade, avaliação que compara ingressantes e concluintes do ensino superior, e a infraestrutura da instituição que oferece o curso. É considerado, inclusive, o número de docentes com dedicação exclusiva ou com títulos de mestrado ou doutorado.

Em São Paulo, na classificação geral das instituições, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) obteve a melhor avaliação do MEC, com IGC contínuo de 468 (em 500 possível). Além do ITA, obtiveram índice 5 outras sete instituições. Entre elas, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Com 439 de IGC contínuo, foi a melhor universidade, instituição de ensino superior mais completa, que contempla também produção de pesquisa científica e trabalhos voltados para a comunidade.

Por opção, USP e Unicamp - duas das melhores universidades públicas do País - não aderiram à avaliação do MEC, que divulga pela segunda vez o IGC.

Das 20 primeiras, seis são instituições públicas, federais ou estaduais e as demais da rede privada. “A gente vem lutando com muita dificuldade, pois depende de verbas do governo. O que a gente quer é ter reconhecimento para dar ganho (atrativo) para dedicação exclusiva (dos professores)”, diz Humberto Liedtke Junior, diretor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), estadual que ficou com a segunda melhor colocação em São Paulo.

Na outra ponta, as 20 piores são todas instituições particulares, sendo que três obtiveram índice 1 (veja quadro ao lado). Com IGC contínuo de 60, a Faculdade de Desenho Industrial de Mauá (Fadim), na região do ABC, teve o pior desempenho.

“Foi a primeira vez que participamos da avaliação e a maioria dos alunos não compareceu no dia do exame. Essa não participação foi decisiva para o nosso fraco desempenho no IGC”, diz a auxiliar da secretaria da faculdade de Mauá, Celina de Souza.

Instituição que havia se destacado na avaliação anterior do MEC, a Escola de Sociologia e Política de São Paulo afirma que foi prejudicada por causa de uma greve de alunos durante o último Enade. “Eles protestavam contra o aumento da mensalidade e decidiram, em assembleia, boicotar o exame. Por isso, esse resultado não me surpreende”, afirma Aldo Fornazieri, diretor acadêmico da instituição. “Tivemos uma das melhores notas pouco tempo atrás”, diz.

Outra instituição com desempenho ruim, a Faculdade Metodista Sul Paulista, localizada em Itapeva, a 284 quilômetros da capital, justificou a posição em razão do processo de descredenciamento do curso de Ciências Contábeis, levado adiante pelo MEC.

“Não oferecemos mais esse curso desde 2006. Por isso, acredito que tivemos essa avaliação”, justifica a professora Zuleide Pereira da Silva, lembrando que atualmente apenas 17 pessoas fazem o curso na faculdade. “O IGC é um índice que respeitamos e é uma referência. Mas em toda avaliação existem alguns pontos que não são favoráveis”, completa.

Fonte: Jornal da Tarde

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