quinta-feira, maio 28, 2009

O estudante tem que ser diferente?


Até certo tempo atrás a humanidade de modo geral entendia o sistema educacional como feito para desenvolver no indivíduo determinadas "aptidões" - técnicas, científicas e culturais - num ciclo para que se tornassem cidadãos, que paguem seus tributos e continuem o giro da roda para as próximas gerações.

Raras exceções mundo afora, o Estado tem dificuldades estruturais para manter a qualidade num sistema educacional com a competitividade sendo a palavra-chave. A tecnologia da informação, a complexidade dos negócios criados à velocidade de bits trouxe um cenário onde profissionais sentem-se genéricos e, na maioria das vezes, despreparados para a competição e o exercício corporativo.

Essa velocidade em bits exige do profissional aprendizagem constante, o desenvolvimento de uma competência em aprender a conhecer as coisas, a mudar rapidamente, a não ter receio que é assim. E também o desenvolvimento de habilidades até então "deixadas de lado". E ponto.

Por fim, porque as evoluções tecnológicas das últimas duas décadas possuem um impacto ainda subestimado sobre os sistemas de ensino/aprendizagem. Isso tudo nos leva a refletir sobre algumas das competências-chave para aquele que se propõe a aprender algo na era digital.

A abundância de recursos (veja as mais de 30 ferramentas do evento da
ABED, 7o. SENAED), de sites, de serviços colaborativos,
da capacidade tremenda de contribuir com o processamento e a criação de recursos - veja a Wiikipédia, com 255 línguas, a caminho dos quatro milhões de artigos, de cliques que damos a todo instante (inclusive cliques "móveis") requer um novo pensar. Coisas comuns às gerações mais recentes são um desafio sem paralelo para a geração que está (tentando) "ensinar o que se deve saber".

Se a geração X tem tanta dificuldade para entender essa nova realidade por que exige que os alunos das gerações Y e Z encaixem no seu formato mais "direi" antiquado? Será que não há mais o que aprender do outro lado do muro? Será que não estamos substimando o impacto tecnológico?


Só para encerrar lembro que tive meu primeiro email em 1995. Lembro que até o primeiro estouro da bolha Web (1999) muita gente não usava email. Hoje, vamos dizer apenas 10 anos apenas após a "nova percepção", todos tem email, mas... Pedi a alguns adolescentes recentemente o email de cada um para mandar uns textos. Com aquela cara de "esse sujeito tá louc!"me disseram que não tinham email. "- O Véio, faz o seguinte: posta lá na net que a gente vê e depois se fala.

perplexo Fui /o/ 8:



GC

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