"Startup-se"

Alexandre Fujita, da Startupi, é um blogueiro que cavoca coisas principalmente voltadas ao empreendedorismo com um viés tecnológico. Numa destas idas e vindas ele foi à Microsoft para conhecer o programa SOL - Startups OnLine, lançado em meados de Novembro passado. O básico do projeto é diminuir a barreira de entrada de pequenos empreendedores no mercado de software.

No início de 2003 pouquíssimo tempo depois de sair da Lucent (atual ALCATEL/LUCENT), levei um projeto à Endeador para alavancar seus já concorridos encontros presenciais, sempre com gente de peso falando sobre suas dificuldades, medos, alegrias e um monte de outros adjetivos quando empreendem algo. Marília Rocca, CEO da ONG na época, abraçou o projeto e juntos alavancamos o que ficou conhecido como Videoteca Endeavor, sucesso total da atual OSCIP Endeavor - um de seus cartões de visita. Aquele time pequeno fez um grande trabalho e com um projeto sustentável leva até hoje experiências, o que fazer, o que não fazer, tudo para quem quer empreender, "anywhere, anytime". Nestes anos já são milhões de visitantes... um projeto e tanto!

Mas, por que conto isso aqui no VOLEA? A resposta é simples. Há poucos anos não era muita gente que falava intensamente de um assunto tão importante num país com milhões de empreendedores. O pessoal da Endeavor tem grande parte da (boa) "culpa" em fazer disso um tema corrente, que foi estendido a outros lugares que vieram antes - como o Sebrae, por exemplo - dentre tantos outros. A Microsoft agora aponta um caminho seu aqui no país e é isso que importa. Espero que outros players desta indústria também o façam!

Quem vai cuidar dessa atividade na Microsoft é Silvia Valadares, que já trabalhou na ONG Porto Digital.O programa oferece para as startups elegíveis, licenças gratuitas de praticamente todos os softwares da MS, suporte na rede MSDN, além de visibilidade para investidores e instituições que estimulam novos negócios como a Endeavor, Sebrae e o Porto Digital.

E aqui emendo o post do Fujita: "para se eleger não há muitos requisitos complicados. É necessário ser uma empresa de software com até 3 anos de idade e faturamento inferior a R$ 1,2 milhão. Não existe qualquer problema da startup trabalhar com software open-source pois estamos falando de um programa da área de novas tecnologias da Microsoft, que transita pelos diversos meios sem qualquer problema.

No Brasil o programa se estende com treinamentos presenciais tanto técnicos quando de negócios e também “mentoring”. Deste funil algumas startups serão escolhidas para apresentarem-se no programa mundial do Microsoft SOL/ BizSpark.

A motivação da Microsoft

A idéia de incentivar startups é interessante. A Microsoft surgiu mais ou menos no meio desta cultura. Ao reduzir as barreiras de entrada, a gigante de Redmond volta às suas origens incentivando novas idéias. Ou não.

Alguns enxergam essa iniciativa como uma ameaça ao open-source. Startups geralmente começam sem muito capital para investir e acabam indo em direção a soluções open-source. O Microsoft SOL pode ser uma forma de tentar mudar esta tendência. Ou não.

De qualquer forma é uma iniciativa louvável. Começou mundialmente no mês passado e já tem no Brasil cerca de 100 empresas cadastradas. Seja qual for a motivação o resultado é positivo.

GC