Na edição de 05/fev do Computerword USA, a editora Sharon Gaudin escreveu que a Singularity University, criada pelo Google no dia anterior, promete oferecer cursos sobre assuntos como nanotecnologia, biotecnologia e inteligência artificial. O Google fez uma parceria com a Nasa e com o conhecido futurista Ray Kurzweil para criar uma universidade destinada a ajudar as pessoas a aprender como enfrentar os "grandes desafios da humanidade".
A Singularity University (Universidade da Singularidade) trará estudantes de todo o mundo para estudar assuntos como nanotecnologia, biotecnologia, aprimoramento humano e inteligência artificial e para ver como as tecnologias podem trabalhar juntas. O objetivo da universidade também inclui estimular o relacionamento profissional e criar negócios. A universidade foi anunciada durante a conferência "Technology, Entertainment and Design", na Califórnia, e oferecerá programas de cursos com duração de nove semanas em nível de graduação. Ela será localizada, temporariamente, no campus do parque de pesquisa da Nasa, a agência espacial norte-americana.
"Com o forte enfoque em aprendizagem interdisciplinar, a Singularity University estimulará líderes que criarão de modo único um mundo mais criativo e produtivo no futuro", disse Kursweil, que será o chanceler da universidade. Segundo a artigo, a teoria da Singularidade Tecnológica acredita que a inteligência artificial poderá ultrapassar a dos humanos no futuro.
No mesmo dia a rede Habib"s implantou uma universidade corporativa cujo objetivo é padronizar o nível de conhecimento e de serviços da rede. O investimento total é de R$ 4 milhões por ano. Alberto Saraiva, presidente da empresa, uma pessoa extremamente empreendedora e competente enxerga que o retorno virá com reforço da imagem e melhoria de atendimento. Ele diz que se houver um aumento de 2% nas vendas, já paga 5 anos de cursos e ele planejou a UC para a próxima década e faz parte da estratégia da rede para chegar à liderança do mercado.
Para incentivar a adesão dos funcionários, a rede promove a troca nos restaurantes de todos os pratos, que eram de vidro, para porcelana. O fundador da rede adotou um critério: cada 10% do efetivo da unidade que ingressar no curso será descontado 10% do valor dos pratos e acredita que os franqueados tenderão a colocar 100% da loja e a receber pratos gratuitos. O desafio não é apenas focar nas vendas e no faturamento, mas trazer um padrão educacional para o negócio, incluindo outro negócio, o Ragazzo , concorrente que vende comida italiana.
A primeira vista, duas iniciativas maravilhosas! A segunda vista, também. Agora, o que as difere? Penso que a visão de mundo, a capacidade de investimento. O que o Alberto Saraiva fez e faz como história é digno de livro (leia aqui a resenha). Se as empresas trabalhassem mais nessa direção, melhor seria. As Universidades Corporativas (UCs) em breve vão superar as públicas em número de alunos - isso em escala global e isso já na próxima década.
Agora, o ponto em questão é a visão de mundo dos "Google Guys". Tem muita água para rolar ainda mas uma coisa é certa: inovação não falta no modelo - seja do negócio, seja na aquisição das dezenas de empresas que eles fazem, seja em apontar um caminho para guiar milhões de pessoas.
Nós aqui, com gente empreendedora como o Alberto Saraiva, damos a nossa contribuição; e é bom reconhecermos que onde estes "dois de Stanford" colocam a mão o mundo fica atento.Aliás, não são só os dois e sim um time super conectado na cultura corporativa que está em criação. Tomara que essa iniciativa também caminhe para facilitar a vida das pessoas, tal qual o fez a ferramenta que desenvolveram.
GC
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