sábado, fevereiro 14, 2009

As Universidades Corporativas

Há mais de 50 anos surgia a primeira UC, da General Electric, em Crotonville, no Estado americano de Nova York, com o objetivo principal de al de promover maior eficiência gerencial durante um processo acelerado de crescimento da economia americana.

As “corporate universities” atuais são, no entanto, bem distintas das pioneiras. “Se, antigamente, elas atendiam basicamente ao pessoal mais graduado – e apenas de maneira presencial –, hoje elas agem sobre todos os funcionários da corporação, e têm de se manter com recursos próprios, o que implica a abertura de suas salas de aula para públicos externos, como clientes e fornecedores”, explica a consultora de educação Ester Andrade do Bonfim em artigo extraído da internet . Outra diferença entre as modernas e suas precursoras dos anos 50 e 60 são os pesados investimentos em tecnologia, digital em particular, para viabilizar ferramentas de ensino a distância.

Mas... o que é uma Universidade Corporativa? Segundo Jeanne Meister, da Corporate Universities Exchange, ela nada mais é que “um guarda-chuva estratégico para o desenvolvimento e educação de funcionários, clientes e fornecedores, buscando otimizar as estratégias organizacionais”.

Depois dessa definição você deve estar se perguntando qual é a diferença entre a Universidade Corporativa e o tão conhecido Departamento de Treinamento, não é mesmo?O vice-presidente do Instituto de Educação Corporativa MVC afirma que “o departamento de treinamento tende a ser reativo, descentralizado, buscando atingir um grande público, com uma razoável variedade de programas ‘abertos’, nem sempre voltados para a solução de problemas do ‘negócio’.” Já a Universidade Corporativa “centraliza as soluções de aprendizado para cada ‘família’ de cargos e funções dentro da organização (tracks), utilizando o treinamento como instrumento de massa crítica, reduzindo custos pela escala de contratação, definindo padrões comuns para atuação dos consultores externos etc.”

Hoje existem mais de 2000 universidades corporativas nos Estados Unidos, incluindo as de gigantes como McDonald's, IBM, Microsoft, Oracle, General Motors, Disney e Xerox. Acredita-se que em pouco tempo esse número vá superar o total das instituições tradicionais americanas.

No Brasil, graças à aposta de grandes empresas como AmBev, Accor, Santander Banespa, Banco do Brasil, AMIL, Embratel entre muitas outras, as Universidades Corporativas passaram de dez na década de 90 para cerca de 150 em 2005— segundo levantamento da professora Marisa Eboli da Faculdade de Economia e Administração da USP —. Hoje, especula-se que esse valor tenha dobrado.

A característica fundamental das universidades corporativas é a personalização dos cursos de acordo com a realidade de cada empresa. No entanto, vale lembrar que sua empresa precisa ter um porte mínimo para essa implantação. Aconselha-se que o número de empregados seja superior a 1.000 e o faturamento global superior a 200 milhões de dólares.

Está curioso para saber o que se aprende com a educação corporativa? Segundo a UNESCO, as Universidades Corporativas devem buscar desenvolver as quatro aprendizagens consideradas essenciais para os profissionais do século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e finalmente aprender a ser.

O ensino corporativo, portanto, garante ganhos para toda a sociedade, e tem, sem dúvida, um efeito multiplicador. Profissionais qualificados, motivados, éticos, habituados a trabalhar em equipe, imbuídos do sentimento de cidadania e com espírito empreendedor tendem a se tornar naturalmente líderes e referências em suas famílias e nas comunidades onde vivem. O nosso país só tem a ganhar com isso.

Educação Corporativa

Desenvolvendo e Gerenciando Competências

Fátima Bayma

Nenhum comentário:

Postar um comentário