Demanda por cursos a distância vai crescer mais de 20% em 2009

04/11/2008 - CAMPINAS - O ensino superior a distância está crescendo cada vez mais e tem servido como fomentador para a democratização do ensino superior. A edição 2008 do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD) revela que mais de 2,5 milhões de brasileiros estudaram em cursos a distância no ano de 2007. A pesquisa inclui os alunos em cursos de instituições credenciadas pelo Sistema de Ensino e também projetos de instituições como Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e Grupo S (Sesi, Senai, Senac, Sebrae). Lançada primeiramente por instituições públicas, como a Universidade de Brasília (UnB), a graduação a distância já soma mais de 300 instituições credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC). Na pós-graduação são cerca de 250. O MEC autoriza as instituições de ensino superior a ministrarem 80% das aulas a distância. A permissão é válida para todos os cursos superiores, desde que sejam seguidas algumas regras, como provas presenciais. A Unopar é uma faculdade de ensino a distância (EAD) fundada há mais de 30 anos no Paraná e com representação em mais de 400 cidades, dentre elas Campinas (SP). A faculdade oferece quase 20 cursos, entre graduação e pós-graduação, todos aprovados pelo Ministério da Educação (MEC). O sistema EAD consiste no desafio de educar e educar-se a distância, sendo obrigatória a presença do aluno apenas uma vez por semana na unidade de ensino. A expectativa é de que essa modalidade de ensino cresça na ordem de 20% ao ano. Dos 120 mil alunos matriculados na instituição, apenas 12 mil são presenciais, os demais são do ensino a distância. Com mensalidade média de R$ 250,00, a faculdade se destaca com cursos de Administração de Empresas, Recursos Humanos, Marketing, Pedagogia e Gestão Ambiental, entre outros. O Coordenador pedagógico da Unopar em Campinas, professor Fileto de Albuquerque destaca que o segmento ganha cada vez mais novos adeptos devido às inúmeras vantagens que o sistema permite. "Quando falamos de ensino presencial, além da própria mensalidade, há despesas de locomoção, de lanche ou refeição, além de ter que ficar em sala de aula por três a três horas e meia por dia. Nas grandes cidades há também o problema de locomoção, ou seja, algo em torno de uma a duas horas para chegar à universidade e mais uma hora para retornar para casa. O ensino a distância facilita bastante isso, pois pela legislação vigente é obrigatório que 20% das aulas sejam presenciais, ou seja, uma vez por semana. Os outros 80% o aluno realiza via trabalhos elaborados e pesquisados em sua casa que posteriormente são enviados via Internet à faculdade", explicou.

Fonte: DCI Online