terça-feira, setembro 16, 2008

Governo federal vai criar incentivos para qualificação

15/09/2008 - Se realmente vingar, os professores brasileiros contarão com um aliado importante para melhorar a prática em sala de aula. O Ministério da Educação (MEC) espera lançar, até o final do ano, o Sistema Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. A idéia é oferecer, em parceria com universidades e secretarias de Educação, formação inicial e continuada para os docentes. Para Paulo Freire, entretanto, mais que criar cursos, é importante ouvir as dificuldades que os professores têm no dia-a-dia e, partir daí, encontrar na teoria e no debate de idéias, soluções para melhorar o ensino.

“Uma das prioridades do ministro Fernando Haddad tem sido discutir a formação desse sistema. O MEC não coloca, em momento algum, o professor como culpado pela situação educacional brasileira. Pelo contrário. Temos respeito pelo professor e reconhecemos que sem formação constante para eles não teremos melhorias na educação pública”, diz a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Outra iniciativa apontada por ela como política de valorização dos docentes é a lei, sancionada recentemente, que criou o Piso Nacional Salarial. “A lei do piso prevê que um terço da carga horária dos professores será destinada à formação”, ressalta. O piso estipula pagamento mínimo de R$ 950 para os docentes que trabalharem 40 horas semanais.

Maria do Pilar diz que o pensamento freiriano é inspirador em todas as políticas do MEC. “Paulo Freire pensou em uma escola para todos e onde todos aprendam. Isso foi transformador para a concepção de educação que se tinha antes, uma educação seletiva, elitista e excludente”, observa a secretária. “É o que defendemos no MEC, uma escola pública que acolha a todos, respeitando as especificidades de cada um, como pensava Paulo Freire”, explica a secretária.

Fonte: Jornal do Commércio - PE

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