quarta-feira, agosto 06, 2008

Novo modelo de negócios exige paixão, coragem e humanidade


Imaginação, coragem, humanidade, humildade, inteligência e - por que não? - também um pouco de sorte.

Na opinião do pensador indiano C.K.Prahalad, um dos principais gurus do universo corporativo atual, esta é a receita para que os executivos consigam adaptar suas empresas ao novo modelo de negócios que está despontando no planeta - e que deverá ser o preponderante em todo o mundo dentro de um futuro próximo.

Para Prahalad, o quadro atual exige das corporações o urgente aprimoramento e desenvolvimento de suas visões estratégicas, buscando a troca de experiências com outras organizações, a pesquisa de novos métodos de produção e gestão e, principalmente, a adoção do indivíduo como centro das ações.

Nesta ótica, diz ele, as empresas devem contar com talentos capazes de desenvolver novos produtos, com baixo custo, maior qualidade, inovação e, junto a tudo isso, com a velocidade exigida pelo mercado.


Um exemplo de organização adaptada ao novo modelo, segundo ele, é a Apple. A empresa de tecnologia não cria as músicas para seus Ipods. Da mesma forma, as peças e os acessórios também são fornecidos por outras companhias. Além de fixar a marca, a Apple gera uma cadeia de parceiros, fornecedores e consumidores ávidos por novidades no mundo da tecnologia.

Conforme o pensador, o novo modelo também tem como característica a responsabilidade socioambental das corporações, o que já é uma realidade em todos os mercados. Para Prahalad, as empresas estão verdadeiramente preocupadas com o seu impacto ambiental. Prova disso é a corrida das grandes corporações - inclusive as americanas - em busca de inovação e aperfeiçoamento dos processos, visando alcançar a emissão zero de poluentes na atmosfera.

Neste cenário, o País já pode ser considerado um modelo para outras nações em alguns aspectos. O Brasil virou referência em questões como a reciclagem e a produção de combustível alternativo.

Por isso, prossegue o professor, daqui a alguns anos os resultados desta mudança de mentalidade corporativa serão tão bons que a atual preocupação em relação a questão ambiental poderá até ser vista como exagerada. As empresas estão se preparando cada vez mais para essa nova perspectiva e treinando seus profissionais. As corporações e os governos estão atentos com esta questão e trabalham para sanar o problema. Daqui uns dez anos a conclusão é que isso tudo era uma tremenda bobagem.


Fonte: Gazeta Mercantil

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