terça-feira, agosto 19, 2008

Nos EUA usuário virou cliente. E no Brasil?

08Abril2008 -Inicio meu artigo sobre "The Bridge Between Data & Business Strategy" aqui de San Diego, CA, diretamente do The DaMa International Conference, com uma reflexão: será que não é hora, aí no Brasil, dos nossos "usuários" de TI se envolverem mais na determinação dos rumos da informática? Afinal, para que existe TI se não para oferecer o produto Informação para que seus clientes atinjam seus objetivos, tanto os clientes internos à organização - knowledge workers - quanto os clientes externos - fornecedores, distribuidores e clientes da instituição?

Lembro-me que dizíamos, há muitos e muitos anos quando comecei como programador, que os "usuários" dos sistemas que desenvolvíamos exibiam duas características marcantes: (1) não sabiam o que queriam e (2) mesmo quando implantávamos aquilo que nos solicitavam, não sabiam utilizar o sistema apropriadamente. Pois bem, os usuários viraram clientes e estão, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, tomando a liderança de TI. Estão tomando a dianteira das iniciativas que geram e utilizam o produto Informação. Como afirmou recentemente o Gartner: agora é mais "I" - Informação- do que "T" - tecnologia. E isso faz muito sentido.

Eu explico: olhando por uma perspectiva bem pragmática, o da utilidade das coisas, o cliente do produto Informação é quem mais entende do que significa "qualidade da Informação que utiliza" para desempenhar suas funções. Numa analogia simples, o cliente que recebe água para beber tem exigências de qualidade bem diferentes de outro cliente que utiliza a água que recebe para lavar caldeiras. O conceito de qualidade depende da utilização que se faz do produto! Assim também o é com a Informação.

Portanto, faço um apelo a nós mesmos, os "informáticos" do nosso País: estimulemos os nossos clientes à não só se envolverem mais com TI, mas, muito mais, liderarem iniciativas como Governança de Dados, Qualidade da Informação, Compliance, Segurança: isso é mais "I" do que "T"! O resultado desse nosso esforço será medido de uma forma muito simples, objetiva: nos eventos futuros voltados a Tecnologia da Informação, quando o palestrante perguntar quantos dos participantes advém das áreas de negócio observaremos não são pífios 3 a 5% de hoje em dia, mas, digamos, robustos 40 a 50% como nos Estados Unidos e na Europa.

Fonte: Luiz Pizani

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