sexta-feira, agosto 01, 2008

Manter profissionais talentosos ainda é o maior desafio das empresas em todo o mundo

01/08/2008 - Mesmo em uma economia em retração, como a norte-americana, manter trabalhadores talentosos nos quadros da empresa ainda é o principal desafio que as áreas de Recursos Humanos e gestão de pessoas enfrentam. A opinião é de Susan Meisinger, Presidente da Sociedade para a Gestão de Pessoas dos Estados Unidos (SHRM), que vem ao Brasil para participar do CONARH - 34º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas - que acontece entre 19 e 22 de agosto em São Paulo.

À frente de uma das maiores associações de gestão de pessoas do mundo, Meisinger vai falar sobre a importância do profissional de Recursos Humanos, ministrando a palestra “RH: Uma Profissão de Valor”. Ela critica algumas teses que defendem que o profissional de Recursos Humanos deve se tornar mais estratégico, alertando que um bom gestor de pessoas não pode nunca esquecer de suas atividades operacionais, pois uma boa atuação operacional é o que dá suporte a uma atividade mais estratégica.

“Não podemos nos esquecer de que RH é responsável por se certificar de que os trabalhadores sejam pagos em dia e apropriadamente. Isso é uma responsabilidade operacional, mas se não for feita adequadamente, não importa o quão estratégico seja o profissional de RH, pois ele nunca terá sucesso na organização”, adverte Meisinger.

Talentos voláteis – Para a Presidente da SHRM, o maior desafio para as áreas de Recursos Humanos tanto em países desenvolvidos, como os EUA, quanto em países em desenvolvimento, como o Brasil, é a retenção de profissionais talentosos, que são muito cobiçados ou constroem carreiras independentes, muitas vezes em negócios próprios.

“Em países desenvolvidos, uma força de trabalho envelhecida está gerando muitas preocupações no que diz respeito ao planejamento da sucessão. Já em países em desenvolvimento, há sim escassez de trabalhadores especializados. Nesse sentido, encontrar as pessoas certas e mantê-las é o maior desafio que encontramos hoje, seja qual for o país que analisemos”, explica.

Meisinger defende uma melhoria da formação educacional do gestor de pessoas, especialmente em segmentos onde os profissionais dessa área não são tão eficientes, como as finanças. Segundo ela, “a área de RH precisa fazer melhor uso da métrica para ajudar a quantificar o impacto de suas atividades nos resultados do negócio”.

“Isso não significa medir somente a eficiência de RH, como tempo e custo de recrutamento, por exemplo, mas medir como melhores ferramentas de seleção ajudam a aumentar o sucesso de novos contratados, assim como a quantificar o retorno financeiro para a empresa de um empregado melhor selecionado”, argumenta.

Meisinger assinala que a área de Recursos Humanos mexe com questões muito importantes para os empregados, como remuneração, benefícios e qualidade de vida no trabalho, o que a torna extremamente relevante, pois a partir de seu desempenho nessas questões, o comportamento de todos na organização poderá ser afetado positiva ou negativamente.

“A qualquer momento as pessoas podem estar satisfeitas ou insatisfeitas com as atividades da área de RH, o que faz dessa atividade algo único na organização. Essa natureza específica da área de gestão de pessoas a torna diferente de quaisquer outras, como marketing, finanças, vendas ou TI”, assinala.

Fonte: Manager on line

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