Para Fabio Mandarano, gerente da área de Capital Humano da Deloitte, as empresas já vêm investindo nesse ponto há algum tempo, pois é uma necessidade preparar as pessoas para o desenvolvimento de negócios de acordo com as demandas de mercado. É uma prioridade para as empresas, pois, de todos recursos destinados aos departamentos de RH, o que agregará mais valor é o treinamento e desenvolvimento.
E esse treinamento, de acordo com o gerente, visa preparar o profissional em todas as suas dimensões. As empresas estão dispostas a investir, por exemplo, na educação de seus funcionários, em treinamentos externos, como custeio de cursos universitários, MBAs, cursos de línguas, aponta o gerente. Mandarano destaca também os treinamentos comportamentais relacionados ao desenvolvimento de liderança, qualidade no atendimento ao cliente, controles e sistemas de comunicação mais eficientes, gestão de riscos e melhoria dos processos.
De todas as empresas pesquisadas, 89% está otimista e acredita em melhoria e/ ou expansão em seus negócios neste ano. Os demais apontam a estabilidade como tônica. E é nesse ponto que o RH deve ter uma leitura ampla e estratégica sobre as metas alcançadas de acordo com os investimentos na área. É necessário ter essa leitura sobre o que está acontecendo com sua organização para que o setor possa angariar mais verbas para as ações".
Para o gerente, os indicadores de RH, que medem a efetividade prática do setor, estão agregando valor de negócios no mercado. Mas é preciso ter um discurso embasado para mostrar isso aos investidores.
Concentração de esforços
Além de ser indicada como a principal área do RH a receber verbas, treinamento e desenvolvimento também foi apontado, por 63% das empresas, como principal objetivo do setor para concentrar suas ações. Nesse sentido, o foco do RH tem sido assessorar os gestores no processo de gestão das suas equipes, apoiando o desenvolvimento, monitoramento de performance e alinhamento da cultura organizacional, além das atividades processuais da área.
Em segundo lugar, indicado por 56% das empresas, outra relevante finalidade do segmento é auxiliar a empresa e/ou outras áreas nos processos de mudança organizacional. Além disso, 48% delas entendem também como prioridade revisar e/ou melhorar o modelo de Gestão de Pessoas da empresa.
Esses números refletem que, preparar as organizações para os novos desafios empresariais, sejam eles externos – como concorrência, produtividade e qualidade – sejam eles internos - controles e sistemas de comunicação mais eficientes, gestão de riscos, modelos de governança, melhoria dos processos -, requer mudanças organizacionais na maioria das empresas.
Fonte: Lucas Toyama
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