sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Conhecimento ou competência. O que é mais importante?

Até duas ou três décadas atrás, o amplo ou maior domínio de conhecimentos era o que mais se aspirava ou se pretendia, do ponto de vista cultural e profissional. Saber enciclopédico era uma qualificação que muitos gostariam de ter. Porque, cabe dizer, sempre foi muito valorizado pela sociedade.

O mundo tem passado por grandes e rápidas mudanças, como sabemos e até pelos impactos que recebemos. Mas nem todas as mudanças são facilmente percebíveis ou se tornam claras para a maioria das pessoas.

Uma delas é que o conhecimento está perdendo – não a sua importância – mas o seu poder quase absoluto. Divide agora esse poder com um outro fator recém chegado, moderno, que se chama competência.

Quanto mais voltamos ao passado, menos a qualificação das pessoas era importante. Até porque as sociedades eram pouco desenvolvidas e havia nelas poucas organizações e, por conseqüência, poucas profissões. Praticamente só os artistas, os filósofos e as pessoas que adotavam carreira religiosa e militar tinham a possibilidade de mostrar valores que hoje chamamos de competências.

Só com a chegada dos regimes republicanos e democráticos, e com o advento da era industrial – tudo isto acontecendo a partir do século XIX – a economia de mercado e o surgimento e fortalecimento de maior quantidade de profissões tornaram-se realidade.

Mais recentemente, porém, surgiram três fenômenos que abalaram as sociedades, como um todo, e os negócios e atividades profissionais de modo especial. São eles: a globalização, a competitividade nos negócios e a rápida evolução das tecnologias.

Por efeito deste conjunto de fenômenos, o conhecimento tem crfescido quantitativamente - aliás, de forma impressionante - mas já não reina sozinho. Divide o trono agora com o fator competência. E uma explicação é esta: num mundo cada vez mais exigente e mais competitivo, ter conhecimento só não basta. É preciso saber aplicá-lo e obter resultados. Este é o significado diferenciado e forte de competência.

Competência é assim um requisito da modernidade e isto se aplica indistintamente a todas as profissões e a todas as organizações. Agora começa a fazer mais sentido o ditado que diz que "quem não tem competência não se estabelece”.

E agora se pode afirmar que uma pessoa possa ter muitos conhecimentos, ter pós-gradução e doutorado, e ser incompetente. Se não souber aplicar seus conhecimentos e obter resultados como profissional empregado, como profissional autônomo ou como prestador de serviços a organizações.

GC (com fonte de Enio José de Resende)

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