segunda-feira, julho 05, 2010

A Geração Y e a sua motivação

Que o pessoal da Geração Y (GenY) é altamente conectado - tanto em ambientes virtuais como móveis - já é patente.

Mundo afora o envio de SMS (veja infográfico) nos celulares supera a voz, redes sociais crescem a olhos vistos. Veja o Facebook mirando um bilhão de usuários. Além disso os GenY são antenados, tenazes e tem alta capacidade de interação. Foi isso que rapidamente interpretei no estudo recente que li do Great Place to Work.

Para outro estudo, agora do IBMEC/INSPER, os GenY podem ser agrupados em quatro tipos de profissionais: engajados, preocupados, céticos e desapegados, sendo os primeiros os mais ambiciosos da lista, já que desejam status, prestígio, poder, conhecimento e auto-realização além de serem osque mais aceitam as condições do mercado de trabalho sem muito questionamento e confiam plenamente que, com o grau de qualificação que alcançaram, conseguirão conquistar uma posição privilegiada no mercado (veja aqui).

Para motivar eles precisam de inspiradores, gente com a visão como a de Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg (e muitos outros) empresas como Google, DreamWorks, Qualcomm (e não muitas outras) - pelo menos é esta a percepção que tenho. Os GenY querem entender a empresa e seus objetivos, buscar coexistir seus interesses profissionais e pessoais dentro de um mesmo ambiente, ganhar bem (e quem não quer?!) mas com boa convivência - o que supõe uma tolerância não muito grande para hipocrisia. Questões como sustentabilidade, causas corporativas engajadas também pesam em sua decisão e isso também aponta um bom horizonte; acho que mais transparente.

Contratar ou desenvolver talentos passa a ter um peso significativo dentro das empresas que querem crescer ou liderar seus segmentos. O ciclo de vida dos produtos é outro, muito mais veloz. A segmentação aumentou e as empresas precisam entender melhor o GenY. Fácil escrever e uma lição fazer.

Estes jovens ainda não são "puro-sangue" porque herdam modos operacionais de outras gerações - com seus méritos, mas com vícios significativos - e provavelmente vão incorporar alguns em seu modelo de gestão, de operação e de recrutamento. É um processo, entendo, mas acredito que terá um resultado surpreendente em termos de inovação que será mais articulada e individualizada, tanto para o consumidor quando para o profissionais que está na cadeia daquele produto.

Dar condições para que o GenY crie um futuro dentro da empresa no que se refere a "sua" cadeia de valor e aquela na qual está inserido pode ser um grande diferencial. Desenvolver com ele (não é dizer apenas como fazer e sim com a sua participação efetiva) a capacidade de negociar, de articular, de ser aceito no grupo, de ser conciso e bem "conectado" na exposição do produto que pretende desenvolver e arranjar-se de forma a potencializar-se e entender como gerar riqueza.

Se o modelo permancer o mesmo que foi adotado para as gerações anteriores, não duvide que vamos riscar do mapa o "apagão de talentos" tão falado na imprensa; partiremos para uma quase extinção deles.

GC

Um comentário:

  1. E os outros grupos...serão eles menos "produtivos" aos olhos dos baby boomers já não tão babies?
    Ou pode ser que com demandas, valores e prioridades diferentes eles venham a ser a oxigenação de um sistema corporativo pra lá de doente?
    Se os mais velhos tivessem sempre razão, Santos Dumont teria inventado o carro de boi...

    ResponderExcluir